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Publicado em 12/05/2021
Game on! Jogar faz bem à saúde
De vilões a heróis, games ensaiam redenção épica em meio a pandemia
Stress, apatia, caos, ruas vazias. De repente, estamos todos vivendo em um cenário perfeito de Walking Dead. Como efeito imediato do isolamento social, surgiram queixas relacionadas à depressão. Com todos em casa, o aumento no consumo de streamings de filmes e games disparou.
E com mais gente jogando online, o resultado de estudos sobre o impacto do videogame e a saúde mental dos jogadores começou a repercutir.
Contudo, devemos lembrar que o contexto de avaliação desses estudos é diferente. Hoje, os jogos online funcionam como estratégia de socialização – já que a opção de estar ao ar livre confraternizando em parques ou shoppings não é segura.
🎮 1. Então…que comecem os jogos
De acordo com o pesquisador Andrew Przybylski, “os videogames podem fornecer um estímulo positivo ou calmante para a mente, pois interagir com personagens bem desenhados, diálogos ou histórias pode ser ainda mais envolvente do que esses mesmos três aspectos em outros formatos, como filmes, já que em um videogame você chega fazer parte da história.

⛹🏻 E o gamer brasileiro?
Outro estudo da agência internacional FleishmanHillard, presente em mais de 30 países, apontou que para 44% dos gamers brasileiros, o benefício mais importante do jogo eletrônico é a melhora no bem-estar emocional.
2. Os heróis da vez 🎮
Ao contrário da crença popular, os games podem promover uma vida saudável e aumento da atividade social.
Jogos como Call of Duty e Splinter Cell – para múltiplos jogadores – ajudam a criar amizades e laços que durarão anos. Outros como o Wii Fit podem promover um estilo de vida melhor, mantendo alguém ativo e em seus objetivos de dieta diariamente.
Não é um menino falando sozinho
Essa cena é comum: você está em casa e ouve seu filho (ou marido, namorado, namorada) falando empolgado com outra pessoa. A conversa está animada – embora o vocabulário não seja tão compreensível e a parte que você entenda esteja recheada de palavrões. Enfim, isso não importa, o que vem ao caso é que você e a outra pessoa estão sozinhas em casa. Aliás, você está só; a outra pessoa interage – muito feliz da vida – com seus pares online. Simples assim.
3. Games x envelhecimento: põe o vovô no jogo

As regras de prevenção ao coronavírus foram ainda mais rígidas em relação à saúde das pessoas com mais de 60 anos (blá-blá-blá). Muitas delas tiveram declínio em seus processos cognitivos devido à perda de contato com amigos e familiares.
Fredric Wolinsky, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Iowa e principal autor de um novo estudo conduzido em pessoas com 50 anos ou mais, observou o resultado em 681 indivíduos que jogaram videogame por cinco a oito semanas, concluiu:
“Mostramos que 10 horas são suficientes para desacelerar o declínio em vários anos. Vimos uma variedade em todos os nossos testes de um mínimo de um ano e meio até cerca de seis anos e meio de recuperação ou melhoria. De apenas 10 a 14 horas de treinamento, é uma grande melhoria ”.
4. Indeciso? Vá jogar ☝🏼
C. Shawn Green, da Universidade de Rochester, queria ver como os jogos afetam nossa capacidade de tomar decisões. Seu objetivo era testar se os jogos de ação afetam nossa capacidade de receber dados sensoriais e, assim, nos ajudam a tomar decisões mais precisas.
O estudo observou um grupo de jovens adultos sem experiência em games para jogar um jogo de ação por 50 horas e um segundo grupo da mesma idade jogando um jogo de estratégia em ritmo lento.
Após o estudo, Green não tinha nada além de coisas boas a dizer:
“Os videogames de ação têm ritmo acelerado e há imagens e eventos periféricos surgindo e desaparecendo. Esses videogames estão ensinando as pessoas a se tornarem melhores em receber dados sensoriais e traduzi-los em decisões corretas ”. videogames contra depressão
5. Jogos x depressão 😪
#yesyesyes Em 2012 surgiu o SPARX (pensamentos inteligentes, positivos, ativos, realistas, fator X), um jogo de computador online gratuito destinado a ajudar jovens com depressão ou ansiedade leve a moderada.
Em outras palavras, o SPARX tinha como objetivo monitorar seu efeito em mais de 168 adolescentes com idade média de 15 anos (como já dissemos) – todos com sinais anteriores de depressão.
Enquanto metade do grupo recebeu aconselhamento tradicional , o outro grupo jogou SPARX (o jogo tem elementos de terapia cognitivo-comportamental).
Aqui está a conclusão do estudo após descobrir que os jogadores SPARX se saíram melhor na recuperação da depressão do que o outro grupo:
“SPARX é uma alternativa potencial ao tratamento usual para adolescentes que apresentam sintomas depressivos em ambientes de cuidados primários e pode ser usado para atender a algumas das demandas não atendidas de tratamento.”
Por último, mas não menos importante:
6. Games e (boa) forma
Você já deve conhecer os clássicos jogos ativos como Wii Sports e Wii Fit – encontrados em diversos hospitais e lares de idosos. Porém, há opções bem mais atuais e divertidas para fazê-lo se mexer e queimar calorias.
Entretanto, o que talvez você não saiba, é que os pesquisadores (sempre eles) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Oklahoma realizaram um teste para descobrir o que traria melhores resultados:
- Jogar videogame
- assistir tv/netflix
- andar em uma esteira em baixa velocidade
O teste, feito em crianças de 10 a 13 anos, descobriu que os jogos de controle de movimento eram tão benéficos quanto andar em uma esteira a uma velocidade de 3,5 mph.
Ambos os exercícios fizeram as crianças queimarem a mesma quantidade de calorias, quase três vezes mais do que as crianças que assistiram ao Netflix (ok, mas isso não é suficiente para deixarmos de assistir nossas séries favoritas, né?)
Finalmente, como diria um famoso aldeão Minecraft “quando estiver no fundo do poço, lembre-se que é na camada 12 que se acham os diamantes”. Um desfecho épico para esta saga tão longa e mal falada é a apoteose dos jogos e jogadores. Vá em paz, gamer.