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Publicado em 23/11/2017
Revigorado, Deep Purple fecha o ano dos grandes shows em Curitiba
Um dos monstros do rock fecha em grande estilo o ano de 2017, pródigo de shows em Curitiba e na Pedreira Paulo Leminski. No próximo dia 12 de dezembro, (uma terça-feira) o Deep Purple apresenta as armas de seus quase 50 anos de carreira.
A banda inglesa, uma das precursoras do heavy metal, volta a Curitiba como atração principal do festival Solid Rock, ao lado de duas bandas que têm as caras das décadas em que apareceram: o setentista até o último fio de cabelo Cheap Trick e o hard rock do Tesla que tem cheiro dos anos 1980.
O Cheap Trick virá substituir o Lynyrd Synyrd que cancelou a participação na turnê pela América do Sul no início deste mês.
Mesmo o show do Deep Purple, pensado originalmente como parte de uma grande turnê de despedida da banda, não será mais o que fora planejado. Por telefone, dee Londres, o vocalista Ian Gillan conta, com exclusividade ao Guia Gazeta do Povo, que a banda mudou de ideia depois da gravação do álbum inFinite, lançado em abril, e dos primeiros shows desta turnê europeia.
“Há uns três anos todo mundo na banda estava doente. Todos nós (risos). E a gente chegou a cogitar que seria nossa última gravação e turnê, mas agora está todo mundo em grande forma de novo. A turnê está indo muito bem e acho que a gente aguenta segurar a onda por mais uns anos e quem sabe até pensar em mais um disco”, disse Gillan.
A formação atual tem Ian Gillan nos vocais, Roger Glover no baixo, o baterista Ian Paice (três membros da formação mais conhecida da banda), além de Don Airey nos teclados, e Steve Morse na guitarra.
Gillan é um dos mais influentes vocalistas e frontmen do rock. Ele está na estrada como líder de bandas desde 1962 (o ano em que os Beatles estavam em Hamburgo) quando excursionou com uma de suas primeiras bandas, The Javelins.
Neto de um cantor lírico, Gillan já foi vocalista do Black Sabbath, gravou a voz do personagem título em Jesus Cristo Superstar (em 1973) e gravou dezenas de discos.
Apesar da longa carreira, ele garante que ainda sente as mesmas “borboletas no estômago” (tradução da expressão em inglês que significa algo como nosso frio na barriga) que sentia desde a primeira turnê.
“Sim. Eu ainda acho tão fantástico como naqueles dias. Às vezes até vezes mais. Mesmo que a gente esteja nessa há muito tempo, você nunca sabe o que vai acontecer em um show”, explica. Ele disse nunca parou para não frustrar seus sonhos de crianças. “Eu queria ter uma banda e viajar pelo mundo. Chegar neste ponto com tanta qualidade, com a química que formamos nesta banda, nos fazem sujeitos muito privilegiados”.
Todos os hits, de todas as fases do Deep Purple
Sobre o show em Curitiba, Gillan conta que roteiro é uma “viagem pelas cinco décadas da banda”. Uma história cheia de sucessos, divórcios e reencontros, com várias formações diferentes.
“Tem muita coisa para se ouvir [no show]. Todas as músicas que nós e nossos fãs adoram desde 1969, algumas coisa do novo álbum, canções de todos os períodos da banda, além de muito improviso que é nossa a marca”.
Assim, o público pode contar com hits como “Smoke on The Water”, “Space Truckin’”, “Hush”, “Highway Star” e “Perfect Strangers”, mas também pode esperar por surpresas como “Living Wreck” e “Bloodsucker” (do álbum Deep Purple In Rock, de 1970) e faixas como “Time For Bedlam “ do novo álbum.
O vocalista sabe que álbuns como Machine Head e Made In Japan mudaram os rumos do rock, mas lembra que eles foram feitos com certa despretensão.
“A boa música quando é feita – acho que isso vale até para hoje – nunca foi feita pensando no lado comercial ou no impacto que poderia ter. É feito sempre por uns caras trancados num estúdio tentando fazer o melhor possível e depois a gente cruza os dedos e espera que todo mundo goste”, conta. “Com o Deep Purple, isso aconteceu muitas vezes”.
Turnê vai ter bandas que marcaram suas épocas
No começo do mês de novembro, o Lynyrd Skynyrd cancelou a participação na turnê, que passaria por Curitiba e por uma série de cidades na América do Sul nos próximos meses.
O motivo foi a doença da filha do vocalista Johnny Van Zant, que está passando por um tratamento. “Johnny vai tirar os próximos meses para focar na saúde dela”, informou o comunicado nas redes sociais da banda. “Pedimos desculpa aos nossos fãs da América do Sul e prometemos voltar no futuro.”
Uma das bandas ícones dos anos 1970, o Cheap Trick foi convidado para substitui-los. A banda formada pelo guitarrista “maluco” Rick Nielsen tem hits como Surrender que faz parte da trilha dos Guardiões das Galaxias 2 .
A banda que completa o line-up do festival é o Tesla. A banda californiana foi fundada em meados dos anos 1980 e seu nome é uma homenagem ao cientista Nikola Tesla. A banda faz um hard rock com a cara de seu tempo, alternado riffs vigorosos com baladas como Love Song, grande sucesso da banda.
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