
Entrevista: Cátia Damasceno, dona do maior canal sobre sexualidade do YouTube
A fisioterapeuta, sexóloga e Youtuber Cátia Damasceno tem o maior canal sobre sexualidade na plataforma, com 9,17 milhões de inscritos e 865 vídeos em que fala de maneira natural e descontraída sobre sexo, relacionamento, autoestima, entre tantos assuntos ligados ao tema.
Com vídeos que chegam a mais de 5milhões de views, o canal de Cátia tem cerca de 230 mil views diariamente. Idealizadora do Mulheres Bem Resolvidas, Cátia, autora de bestsellers como Bem Resolvida e Aperta e Solta, estará em Curitiba nesta sexta, 13/05, no Teatro Positivo - Grande auditório Curitiba, para apresentação de "O que pode dar errado na cama?". Assinante Clube tem 50% de desconto na compra de ingresso. Acesse o link e saiba mais. Mas antes, leia a exclusiva que Cátia concedeu para o Clube Gazeta do Povo.
Cátia Damasceno, fisioterapeuta, relaciona sexualidade à autoestima. Você acredita que uma coisa não existe sem a outra?
Nossa autoestima está ligada a coisas que nem sempre estamos cientes do que é, no entanto, algo que a gente não entende é que a construção de uma autoestima saudável depende de escolhas muito individuais.
O bem-estar e a aceitação física não deveriam ficar reféns de coisas que sequer estão em harmonia com os seus interesses, eu entendo que uma complementa a outra.
A questão da autoestima a que você se refere, não tem mais a ver com autorrealização?
Complementares. Vamos supor que você chegou em um trabalho novo e não conhece ninguém. Se você é uma pessoa com baixa autoestima e insegura sobre a sua aparência, vai se questionar se está apresentável, se alguém te achou bonita e fazer comparações com as outras mulheres que, na sua cabeça, são mais atraentes.
Veja, se há algo na sua aparência que a incomoda enormemente, mude! Há meios para isso? Ótimo! Vá em frente e faça o que vai te trazer satisfação e felicidade.
Mas se for uma coisa impossível de ser mudada, você tem que ressignificar aquilo para você, senão será uma fonte constante de dor.
A questão da sexualidade feminina, não em relação aos tabus, mas em relação ao desejo, tem um importante componente biológico na mulher: temos muito menos testosterona. Em que medida suas apresentações podem alterar essa questão?
desejo pode ser afetado na medida em que há falta e quando há um aumento da testosterona no organismo da mulher.
No caso da falta de testosterona, pode acabar provocando várias disfunções e os sintomas estão diretamente relacionados à falta de desejo sexual, indisposição e desânimo nas atividades diárias da mulher. E, isso pode acontecer por inúmeros motivos como: problemas de desequilíbrio hormonal, estresse, uso de contraceptivos, hábitos ruins como a má alimentação e falta de atividade física. Uma solução é a reposição de testosterona, mas isso vai depender da avaliação médica.
No caso da testosterona alta, o profissional da área muitas vezes pode sugerir o uso do anticoncepcional, pois eles ajudam a diminuir os níveis de testosterona no sangue, interromper ou diminuir a suplementação de testosterona, esse pode ser o caso das mulheres “panicats”. Porém, às vezes, apenas a mudança no estilo de vida já resolve.
O que a Catia Damasceno sugere às mulheres que estão entrando na menopausa e às que optam ou não podem fazer uma reposição hormonal?
POMPOARISMO SEMPRE!!
A chegada da menopausa é vista como temor por grande parte das mulheres. E o pompoarismo pode ajudar muito a enfrentar essa fase da vida. Afinal, a queda de produção hormonal traz diversas mudanças corporais.
Por ser uma fase difícil para grande parte das mulheres, existem tratamentos disponíveis para trazer conforto e atenuar os sintomas. A propósito, o mais conhecido é a reposição hormonal oral, mas existem outros recursos que podem auxiliar em áreas específicas da vida, a atividade f´ísica e o pompoarismo - que trabalha todos os músculos do aparelho vaginal utilizando, basicamente, contração e relaxamento. Embora soe simples, a técnica vai de exercícios básicos a avançados, que contam com utensílios para exigir mais força e controle da vagina, vou deixar aqui o link para o meu curso do aperta e solta para quem quiser começar hoje mesmo.
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Um ponto importante e muito comum em relação ao universo feminino é o que você cita em seu livro “Bem Resolvida”: as mulheres esquecem de si mesmas. Com toda mudança social e quebra de tabus, você acha que ainda estamos criando meninas altruístas (no sentido de fazerem tudo pelos outros e pouco por si)?
Eu acredito que tudo faz parte de um processo de evolução. Eu sou de uma geração em que a mulher se casava para agradar a família e depois permanecia na relação para agradar o marido e, era um ciclo vicioso onde a mulher realmente não pensava em si mesma, não sentia o real prazer de viver.
De pouquinho a pouquinho fomos conseguindo o nosso espaço, avançando no sentido de poder tomar as nossas próprias decisões e escolher o que nos faz feliz. Com isso, eu tenho certeza que as meninas da “Geração Z” continuarão nesse processo de evolução, ajudando a amenizar os casos de mulheres que se anulam por conta de dependência financeira, dependência emocional, muitas vezes sofrendo violência doméstica, entre outros casos tristes que diariamente assistimos nos noticiários.
Serviço: Cátia Damasceno - O que pode dar errado na cama
Teatro Positivo | Grande Auditório | 13/05/2022 | Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 | Cidade Industrial, Curitiba, PR - CEP: 81280-330 |A partir de R$ 50,00 | 50% de desconto